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terça-feira, 28 de junho de 2011

AS ASAS DA AMIZADE


 
Era uma vez um pequeno menino que vivia em um orfanato.
O pequeno menino desejava poder voar como um pássaro.
Era muito difícil para ele entender porque não podia voar.
Havia pássaros que eram menores que ele, e eles podiam voar...
- "Por que não posso voar?" ele pensava.
"Tem alguma coisa errada comigo?".
Um dia, o pequeno menino fugiu do orfanato.
Correu, correu e correu muito
até que descobriu um parque onde crianças corriam e brincavam.
Ele viu um outro pequeno menino
que não podia correr e brincar com as outras crianças.
Era aleijado...
O órfão se aproximou do menino e perguntou:
- "Alguma vez você já quis voar como um pássaro?".
 - "Não" respondeu o menino que não podia caminhar ou correr.
"Mas eu gostaria de caminhar e correr como os outros meninos e meninas".
- "Isso é muito triste". Falou o menino que queria voar.
"Nós podemos ser amigos?"
 - " É claro que podemos!", respondeu o outro.
Os dois pequenos meninos brincaram por horas.
Fizeram castelos de areia...
Emitiram sons engraçados com as bocas...
sons que os fizeram rir bastante.
Então o pai do pequeno menino veio com uma cadeira de rodas
para apanhar seu filho...
O pequeno menino que queria voar
se aproximou do pai de seu novo amigo
e sussurrou algo em seu ouvido.
- "Isso seria ótimo" disse o homem.
O pequeno menino, que sempre desejou voar como um pássaro,
correu até o novo amigo e disse:
- "Você é meu único amigo
e eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse fazer
para você caminhar e correr como os outros meninos e meninas.
Mas eu não posso.
Porém, tem algo que eu posso fazer por você".
O pequeno menino órfão virou-se
e pediu ao amigo que subisse em suas costas.
Depois ele começou a correr pela grama.
Mais rápido e mais rápido ele correu,
enquanto levava o pequeno menino aleijado às costas.
Cada vez mais rápido ele corria pelo parque.
O vento assobiava em suas faces.
O pai do pequeno menino começou a chorar,
vendo seu pequeno filho aleijado
agitando os braços para cima e para baixo,
soltos ao vento, enquanto gritava bem alto:
- "EU ESTOU VOANDO, PAPAI... EU ESTOU VOANDO"!
E realmente "voava", feliz...
com as ASAS DA AMIZADE.

Roger Decano Kiser

2 comentários:

Filha do Rei disse...

Lindo,lindo texto!Que possamos ter pessoas que quando não temos forças de voar sozinho, possam nos levar até conseguirmos sozinhos.Abraços!

Anônimo disse...

Olá Tânia!...
Que texto mais lindo esse!!!.. Não teve como não me emocionar!

Beijão imenso em seu coração... fiquei super feliz com a sua presença!

Verinha

 
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